04 março, 2009

Entre feras, quimeras e panteras...

Salve!
Não venho por meio desta postagem comentar algo sobre o recente conjunto de palavras de Mlle. Cherry, porém já que tocou no assunto, tenho minhas considerações.
Primeiramente não se deve tratar aquele texto como um desabafo, é mais do que isso. As palavras são animais selvagens aprisionados dentro de nós. Assim como uma digna pantera, quando enjaulada, faz de tudo para sair, as palavras forçam de mais as barras da nossa prisão, as quais não aguentam e cedem à toda fúria de um perigoso animal fora de controle. Passado esse desespero de querer sair, a fera vai ao mundo novamente e assim prevalece a harmonia dela com a natureza.

Tavez um modo frio de encarar a vida e conviver com pessoas, é não esperar muito dos outros. É se defender sem se afastar dos amigos e familiares. A teoria é simples (como de costume), contudo a prática é complicada (como bem sabemos ao viver aproximadamente 20 anos neste mundo). Ao esperar muito de uma pessoa, criamos expectativas, assim vislumbramos aquela possível ajuda, aquele consolo, aquele agradecimento. Sendo dessa maneira, passamos a contar com aquilo, pensamos como seria bom. Não estou dizendo para negar tudo, mas não esperar muito de alguém. Então sentimos a falta da pessoa, aí sofremos, quando essa expectativa é quebrada. O que não é difícil de acontecer. Porém, no momento em que encaramos os fatos da maneira inversa, não esperando ajuda, conselho, agradecimento, ou qualquer outra coisa que seja, quando essas coisas boas vierem dos amigos, estaremos surpreendidos e então ficaremos felizes. Já dizia Sun Tuz: "Inimigo surpreendido é inimigo meio derrotado." (Não estou falando de inimizade).
O segundo lado da questão toda (existe ainda um terceiro), é a prática. Como seres humanos gostamos de facilidade, é uma das leis do universo: gastar o mínimo de energia possível. Não gostamos de sofrer e a tendência é sempre esperar uma boa iniciativa de um amigo ou mesmo de um estranho. E a solidão nem sempre apetece nosso paladar emocional. Confesso que não consigo viver plenamente dessa maneira, não obstante me esforço para segui-la com moderação (aqui está o infeliz do meio termo). O motivo é que colocando isso em prática nos sentimos mais fortes para enfrentar desafios.
O 'terceiro' lado desta moeda é resumido em uma frase: para evitar que seus amigos sofram, entenda-os, e faça o possível para não quebrar as expectativas deles... Certamente não é fácil, mas a idéia é agradável. Quem sabe é uma quimera? Como se sabe: falar é muito fácil..

Essas feras que acabaram de escapar, será que vão atacar muitas pessoas ou entrar logo em harmonia com seu novo habitat? Vivem na consciência de cada um que leu...

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