22 julho, 2010

Idade, idade, idade...

Quando era pequeno, e fazia certas brincadeiras, minha mãe dizia que eu já era grandinho demais pra fazê-las.
Quando completei oito anos, e brigava com meus irmãos, minha mãe dizia que eu já tava crescido, e não podia mais ficar fazendo essas coisas.
Completando dez anos, eu jogava alguns jogos no videogame, e minha mãe dizia que eu não tinha mais idade para brincar assim.
Com doze, ela dizia que eu já tinha quase quinze anos, e que não podia mais ficar vendo desenho animado (na verdade era anime).
Com quinze eu já não podia mais assistir filmes de animação, era coisa de criança, dizia ela, e não podia tomar café, porque era coisa de gente grande.
Como 16, 17 e 18, eu já tinha 18 anos (ou quase), e isso me impedia de jogar jogos no computador.
Com 20 eu já não posso mais cantar.
Com 30 eu não vou poder jogar RPG.
Com 40 eu não vou poder mais ......

---------------------------------------------------------------------------------------
Fim 1:
Agora, que eu tenho 90 anos, estou perto da morte, e meu corpo já não é mais como costumava ser, meus amigos já se foram, eu não posso mais fazer nada do que gostaria de ter feito. E só tenho a lamentar por não ter feito, desobedecendo os padrões que a sociedade (ou a minha mãe) impunha.

---------------------------------------------------------------------------------------
Fim 2:
Então com que idade eu posso me divertir, e ser eu mesmo????


---
Devaneios dentro do ônibus, enquanto eu cantava com a minha irmã.

18 julho, 2010

17 julho, 2010

À espera de uma viagem.

Três e pouco da manhã. Eu decido que vou passar a noite em claro, para a viagem do dia seguinte. No caso, esse dia. Quem nunca passou a noite acordado pra viajar no dia seguinte?
Bom, não foi por isso que eu resolvi escrever. Digo, não pela decisão de ficar a noite acordado, mas sim, pela viagem.
Já faz algum tempo desde a última vez que eu fiquei ansioso como estou agora. Muito tempo, aliás. Acho que pelo menos um ano. E a minha ansiedade é o que me impede de dormir, por isso resolvi escrever o texto.
Sim, já postei algumas palavras durante umas crises de insônia aqui, mas dessa vez é por ansiedade (não, não sei se as outras não foram também)
Se pudessem ver o meu quarto como está, veriam algumas malas jogadas, roupas e instrumentos musicais atirados na cama, trocentos dispositivos eletrônicos carregando (alguns mp3, alguns celulares...), e, é claro, um nerd escrevendo um texto.
Acabo de ouvir um barulho estralho lá de fora. Não sei precisar do que é, mas ou era um cão fazendo o barulho que faz quando sente dor (não me lembro da palavra), ou era uma mulher gritando(o que eu duvido) ou era um carro cantando pneu. Não, não estou escutando muito bem, já que estou com música ligada.
Mas, afinal, o que eu ainda estou fazendo aqui? Escrever pode, realmente, acalmar as minhas ânsias?
Duvido.
Mas continuo escrevendo.
Por que?
*Tomando um gole de Café*
Bom, porque eu gosto. Mesmo não sendo um bom escritor, eu aprecio o som das teclas sendo pressionadas, a imagem de uma letra aparecendo na tela, e um conjunto desses caracteres sendo chamado de "texto".
Claro, Duke Spoon escreve infinitamente melhor que Lord Coffee, mas e daí? Durante muito tempo eu filosofo sobre o que as pessoas fazem, e que o que importa é se divertir fazendo o que gosta, sem a preocupação de ser o melhor de todos. Se bem que, muitas vezes, ser o melhor é muito gratificante.
Meus pensamentos voam nessas horas, e as minhas palavras podem alcançar alguma mente desprevenida, que vai receber, como quem recebe um "quer que limpe o vidro, tio?" no semáforo (não, isso não acontece em Santa Maria, mas vai saber se tem algum fluminense ou paulista lendo esse texto...).
E entre os devaneios das três e dezessete da manhã, eu percebo que ... não, eu acabo de perceber que eu não percebi nada. Vou voltar ao que estava fazendo, que pode ser mais proveitoso pra mim, quem sabe.
Me despeço por enquanto. Chegando em Curitiba eu posso tentar escrever mais palavras.
Bom Café.

16 julho, 2010

Peripécia Epifânica

Tudo tem escorregado das minhas mãos... sempre foi assim. Primeiro minha vida e minha vontade; agora o sabonete e a escova de dentes. Se continuar assim, onde é que isso vai parar!?