31 março, 2009

Tempestade numa xícara de café...

Hails, ladies and lords!

Por meio deste, faço minha apresentação. Sou Duke Spoon.

Meus cumprimentos. À cereja. À noite. Ao café.
For I am the spoon. A colher.

A pequena peça, em nossos tempos classicamente metálica, com que se agita o café, com que se espalha e se dilui o açúcar pelo líquido negro e amargo, selvagem, tornando-o doce e dócil. Colocando todo o espírito no manuseio da colher, o preparador da bebida transfere parte dele ao café, tornando-o algo transcendental. Ele não usa a colher; ela o usa.

Com a Colher, cria-se um redemoinho num recipiente de calmaria. Cria-se a tempestade em uma xícara de café, e nosso líquido tão adorado transforma-se num negro mar navegável. Bebe-se um gole do amargo agora doce: o mar não é só navegável, quanto é potável.

Perdoem-me, meus novos companheiros de blog, já companheiros na vida e em noites regadas a café e mate: não creio ter postado nada interessante e digno da atenção de vocês, mas pretendo escrever textos com mais conteúdos e menos marcados de obviedades.


Duke Spoon

27 março, 2009

Elefante (?!)

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Elefantes incomodam até professores de física....

Criado por Sir Night...

(Tablet roolezeia as t...).






24 março, 2009

O Sentido da Vida


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LOL

15 março, 2009

Carta ao Futuro

De algum lugar, em algum dia, de algum mês, de um ano qualquer

Ao senhor que de tudo faz mistério; Futuro,

(Trato-lhe como senhor, por não existir termo específico e regular segundo nossa gramática, e justamente por não ser regular.)
Escrevo-lhe não para pedir algo, como quem desesperado precisa de sua ajuda. De fato, necessito de sua ajuda, preciso que seja mais paciente, isto, contudo, não está em sua natureza, então seria inútil, e como conhecedor da vida, poupo-me de esforços inúteis, apesar de correr o risco de julgá-los erroneamente. Ponho-me a escrever para lhe contar a aflição que me causa o ritmo que vens chegando e indo embora . Às vezes é bom, mas quando percebo, parece que é tarde demais.
O senhor, usando seu poder, como um bom inimigo, priva-nos de momentos bons fazendo com que passem rapidamente e martiriza-nos nos momentos de dor e sofrimento fazendo com que sejam pequenas eternidades. Engana-se se ao menos por três segundos pensa que tenho dor por isso, mas não me agrada a idéia de fazer o que bem entende com o meu tempo, chegando assim, às vezes mais rápido ou devagar. Decide-se, regula-se, não peço que me espere, pois já cansei de esperar, peço-lhe calma, ou assim acabará por terminar comigo muito rápido se eu começar a gostar mais ainda da vida. Porém, também não me sinto fraco por isso, mas sim muito forte na tua presença, saiba que se quer ainda ser meu inimigo, tudo bem, mas te verei com grande indiferença, porque quanto mais quero que chegue, mais demora a aparecer, e quando menos quero, mostra-me um caminho dificultoso e dolorido. Não te culpo por isso, muito menos lhe insulto, ou gosto mais ou menos de ti, ao contrário, agradeço-te por fazer muitas vezes impaciente e outras saudoso. Por alimentar meu coração de sangue, amor, arrependimentos e satisfação.
Olhando-te através de mentes pequenas, mas poderosas, como as nossas, ainda é um mistério cujo dono é o tempo. Constitui uma dimensão que nunca chega, e ao mesmo tempo vem nos assolar quando indagamos ao incerto: “Já?”. Aliás, o termo “já” é a prova mais completa de que existe. Mas, será que o vemos como realmente é? Responda-me se puder, mas se estiver ocupado e com pressa, pena, pois eu não tenho todo o tempo do mundo como você tem.
Senhor Futuro, despeço nesta missiva com votos de confiança, não lhe desejo saúde, paz, amor, felicidade, pois muito rouba de alguns, mas logo se desfaz dando para outros, então desejo que continue assim. Não perderei tempo procurando seu endereço e postando esta carta, pois bem eu sei que ela não pertence mais a você, a mim, ou a ninguém, nunca te confortará lendo-a, nunca receberá, porque neste momento ela JÁ pertence ao Passado.


- De um sonhador que não perde tempo com realidades, mutatis mutandis.

09 março, 2009

Crushed-Dreams

““Numa pequena salinha, dentro de uma minúscula casinha, a menininha estava montando um grande quebra-cabeça. Grande demais para a sua própria cabeça (ô-ho-ho, trocadilho infame!), afinal, não possuia uma. Mas pouco importava, pois, em seu mundinho, isso era do que ela menos precisava. Estava feliz, isso bastava. Aconchegada num combo de almofadinhas fofas, aquecia seus pés à lareira. Ah! As almofadinhas! Como eram confortáveis! Afundada nesse mar de fofura, quem precisava de carinho-humano? As almofadas abraçavam seu corpinho e enchiam-no de ternura. As brasas da lareira aqueciam mais do que o fogo afetuoso do calor-humano. Tudo mecânico, a alcance de seus comandos, como e quando ela queria. Quando se deu por conta, a xícara do seu maravilhoso chá encantado jazia vazia, discreta e silenciosa em cima do criado-mudo. Maldita.” Puf.
Acorda, meu bem; calma! Tudo não passou de um pesadelo! Calma!! - Por favor, me abraça!” Puf.
A jovem acordou aturdida. Estava sozinha. Acabara adormecendo sobre seu quebra-cabeça menos preferido enquanto o desvendava. Era enorme, confuso, com milhares de micropeças assimétricas e irregulares e, o que mais incomodava, além de ser em três dimensões, era que a imagem mudava a cada aurora refletida em sua janela. E, para piorar, de seu inquieto cochilo, resultou a destruição de parte já revelada do enigma. Porém, por aquele dia bastava. As lembranças consumiram todas suas energias, estava muito cansada. Deitou e abraçou seu travesseiro de estimação. Não foi recíproco. Desejou do fundo de sua alma conseguir a receita do chá encantado (mas era muita burocracia…) e, aos poucos, foi adormecendo; dessa vez, um sono sereno, anestesiante, viciante. Seu último pensamento, agora somente uma sombra ténue no fundo de seu consciente, foi a lembrança de que havia perdido a peça-chave do quebra-cabeça, e era importante acha-lá! Não do quebra-cabeça que montava, mas sim do seu preferido; Este, diferente daquele, era formado por apenas uma peça, a qual jamais conseguiu encaixar em lugar nenhum.

05 março, 2009

Meus 8 anos

"Ah, que saudades tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais(...)". Muitos de vocês devem se lembrar desse poema, de Casimiro de Abreu, que, enquanto é lido, magicamente faz com que nós lembremos dos tempos de criança, quando não nos importávamos se o que fazíamos parecia ser "coisa de retardado", e que subir nas árvores ou se atirar no chão era pura diversão.
Bom, eu lembrei desse poema hoje, enquanto me divertia "à beça" com o meu recém adquirido tablet. Eu não entendo como tem gente que acharia isso retardadice ou algo semelhante, como no flash mob... o Sir Night não queria participar, mas quando viu o pessoal se divertindo, obviamente juntou-se ao grupo.

Eu não lembro muito bem qual era a minha idéia com esse post, mas, como passei essa madrugada fazendo cartuns com o tablet, vou aproveitar e postar alguns deles. Comentem os desenhos, por favor...(isso tá ficando parecido com aquela rede de amigos bem conhecida...)
A imagem do meio é uma releitura sobre o pé do Sir Night...








Lord Coffee, futuro dominador do Mundo

04 março, 2009

Entre feras, quimeras e panteras...

Salve!
Não venho por meio desta postagem comentar algo sobre o recente conjunto de palavras de Mlle. Cherry, porém já que tocou no assunto, tenho minhas considerações.
Primeiramente não se deve tratar aquele texto como um desabafo, é mais do que isso. As palavras são animais selvagens aprisionados dentro de nós. Assim como uma digna pantera, quando enjaulada, faz de tudo para sair, as palavras forçam de mais as barras da nossa prisão, as quais não aguentam e cedem à toda fúria de um perigoso animal fora de controle. Passado esse desespero de querer sair, a fera vai ao mundo novamente e assim prevalece a harmonia dela com a natureza.

Tavez um modo frio de encarar a vida e conviver com pessoas, é não esperar muito dos outros. É se defender sem se afastar dos amigos e familiares. A teoria é simples (como de costume), contudo a prática é complicada (como bem sabemos ao viver aproximadamente 20 anos neste mundo). Ao esperar muito de uma pessoa, criamos expectativas, assim vislumbramos aquela possível ajuda, aquele consolo, aquele agradecimento. Sendo dessa maneira, passamos a contar com aquilo, pensamos como seria bom. Não estou dizendo para negar tudo, mas não esperar muito de alguém. Então sentimos a falta da pessoa, aí sofremos, quando essa expectativa é quebrada. O que não é difícil de acontecer. Porém, no momento em que encaramos os fatos da maneira inversa, não esperando ajuda, conselho, agradecimento, ou qualquer outra coisa que seja, quando essas coisas boas vierem dos amigos, estaremos surpreendidos e então ficaremos felizes. Já dizia Sun Tuz: "Inimigo surpreendido é inimigo meio derrotado." (Não estou falando de inimizade).
O segundo lado da questão toda (existe ainda um terceiro), é a prática. Como seres humanos gostamos de facilidade, é uma das leis do universo: gastar o mínimo de energia possível. Não gostamos de sofrer e a tendência é sempre esperar uma boa iniciativa de um amigo ou mesmo de um estranho. E a solidão nem sempre apetece nosso paladar emocional. Confesso que não consigo viver plenamente dessa maneira, não obstante me esforço para segui-la com moderação (aqui está o infeliz do meio termo). O motivo é que colocando isso em prática nos sentimos mais fortes para enfrentar desafios.
O 'terceiro' lado desta moeda é resumido em uma frase: para evitar que seus amigos sofram, entenda-os, e faça o possível para não quebrar as expectativas deles... Certamente não é fácil, mas a idéia é agradável. Quem sabe é uma quimera? Como se sabe: falar é muito fácil..

Essas feras que acabaram de escapar, será que vão atacar muitas pessoas ou entrar logo em harmonia com seu novo habitat? Vivem na consciência de cada um que leu...

Ser ou Não Ser, sempre a mesma questão

Há algum tempo atrás, uma pessoa falou-me que o tratamento que eu dava a tudo era extremamente dramático; que eu exagerava, tratava tudo como se fosse o fim do mundo, dava um valor absurdo a coisas muito pequenas e não tão significativas. No contexto da conversa, eu fiquei realmente revoltada, afinal, essa se tratava sobre nossa própria amizade. Como não dar um imenso valor a um grande amigo? E foi com muito pesar que lembrei que o valor que damos às coisas infelizmente não está estipulado como numa prateleira de mercado, sendo quase que puramente uma questão pessoal (quase. Não se pode ignorar a existência de alguns “órgãos” que ainda conseguem convencionar um senso comum). Para mim, que tento manter minhas racionalizações livres de pré-conceitos, parcialidades e opiniões alheias, é muito confuso saber onde se encontra o limite (o meio termo) entre a valorização exacerbada e a indiferença. Sinto que sempre pendo para um dos lados, e de uma forma bastante desigual. Na verdade, creio que não seja possível estabelecer valores únicos nem para si mesmo. Essa linha divisória varia de acordo com a situação, com as pessoas e fatores envolvidos (cheguei à conclusão de que flexibilidade e capacidade de adaptação são tudo nesta vida). Entretanto, ter uma base a ser seguida não é má idéia - creio que seja a melhor solução. O problema é como chegar até ela.
Algo realmente frustrante é quando você se preocupa com alguma coisa, coloca essa no topo de suas prioridades, e, com o tempo, acaba descobrindo que ela não merece essa importância toda. Ou, pior ainda, quando você faz isso, tem certeza de que tem todos os motivos para o fazer; mas as pessoas “cagam e andam” para tal, pisam nos seus valores e cospem no trabalho que você tem para cuidar do que é importante para você; e nada é reconhecido, tudo se torna em vão. Ah, claro, e ainda o chamam de dramático, de maníaco, de exagerado. É terrível não ser levado a sério, o sentimento de impotência e pateticidade vai ao infinito. E é inevitável a mágoa…
Quando nos tornamos indiferentes à realidade a nossa volta, tudo parece ficar mais leve, simplificado. O raciocínio lógico se torna muito mais fácil e rápido, uma vez que você começa a se colocar em um ângulo não pertencente à circunstância. Você se torna distante, inatingível, fica em um nível onde poucas coisas o fariam descer para a vida real e dolorosa. Suas importâncias passam a ser o que importa aos outros, com o intuito de apenas os agradar - isto é, após passarem por um rigoroso critério de seleção. Afinal, não vale a pena ficar se preocupando com bobagens alheias. Com o tempo, você acaba chegando à conclusão de que nada importa mesmo. Puro drama. As pessoas começam, então, a reclamar que você se torna frio e distante (observação: isso se elas resolvem levantar a bunda gorda, aleijada e acomodada da “cadeira da tranquilidade” e lutar pelo que importa para elas - se é que você faz parte desse seleto conjunto. Mais fácil é dar um “foda-se” à situação e cortar relações com você - pois, óbvio, para que tanto desgaste? É bobagem dar atenção. Elas podem com facilidade encontrar outras pessoas carentes e cheias de amor instantâneo e de curta duração para dar e vender em cada esquina da cidade. É como trocar de meias.). E você realmente se tornou frio e distante. Você se tornou desumano. Uma inexpressiva escultura em pedra fosca. E nem mágoa você consegue sentir… Cruel, mesmo, é quando você se torna assim a fim de dar mais liberdade às pessoas quem você ama, para não ficar as importunando com suas tempestades-de-bolso; se elas quiserem saber o que lhe aflige, com certeza elas perguntarão, pensa você. Porém, elas jamais perguntam. Egocentrismo, comodidade ou indiferença da parte delas.
Enfim, você quer saber como fazer tal escolha? Jogue na moeda, campeão. Se ela ficar de pé, sorria: há um meio termo! Se não, leia Hamlet.