25 maio, 2010

Nostalgia...

O Café de ontem traz lembranças... Algumas delas muito preciosas.
Lendo as postagens mais antigas desse blog, me deparo com uma do Coffeesage, e lembro do dia em que criamos esse não-tão-aclamado blog.
Sinto saudades do velho amigo, um dos primeiros que conheci quando cheguei nesta cidade, em 2003, na qual resido até hoje.
E aquele outro companheiro então, pelo qual até meados de 2008 eu sentia nada mais que ódio?
Muitas vezes me recordo do Ensino Médio, época na qual conheci grandes amigos, época da qual sempre falamos... Época que eu gostaria que voltasse, e nunca acabasse. Recordo até hoje daquele dia em que Duke Spoon veio em minha direção, quando o sinal para o recreio havia soado, para perguntar nada mais, nada menos do que a letra de uma música em japonês, que, logicamente, eu já conhecia. No dia seguinte, via-me sentando ao lado dele, e de outro camarada com o qual hoje em dia temos pouco contato, mesmo estudando no mesmo prédio. Era o Nos7, com o qual formávamos o "N3", que servia, basicamente, para nada.
Mas era o nada mais divertido de todos.
Enquanto escrevo, me recordo de uma missão nossa. Não só do N3, mas de todos com os quais eu andava. CoffeeSage, Duke Spoon, Nos7, outros que não tiveram um apelido, e que, logo, não citarei... Todos nós uma vez dissemos "Cara, a gente tem que encarar um xis da casa!!". Acabou o ano, passou-se um, dois... e não voltamos lá para encarar o tal xis da casa, de uma cantina perto do colégio em que estudávamos. Hoje já não podemos ir todos juntos para a tal cantina, pois CoffeeSage e "Loló" já se afastaram de nós, e não nos comunicamos com tanta frequência.
Queria que aqueles dias voltassem...
Algum dia, quando eles vierem nos visitar, com certeza cumpriremos a missão! E faremos uma comemoração pela missão cumprida. Lágrimas da saudade que estaremos matando fluirão de nossos olhos, cairão no chão xadrez, preto, branco, preto, branco, frio e nostálgico, que estará por debaixo de nossos pés... CoffeeSage estará na frente da churrasqueira, seu lugar favorito, Loló estará transpondo para o papel suas novas memórias da união com os seus amigos, Duke Spoon sugerirá um RPG entre os companheiros, Milchkaffee estará ao lado de Loló, compondo uma canção que será lembrada pelas próximas semanas, Haseo com certeza estará dando suas idéias para a letra, Lord Coffee fará um ode à lua, sentado no piso frio do terraço, acima do salão de festas, e em seguida irá para perto de seus companheiros fazer o arranjo da canção, todos encherão seus estômagos com uma carne bem passada, pelo CoffeeSage...
Enquanto eu imagino a cena, lágrimas estão ameaçando escorrer em meu rosto...
Às três horas, ouviremos o canto do galo, já citado em uma de nossas canções... beberemos o tão aclamado Café, que sempre nos acompanhou em todas as junções, louvaremos a cafeína, para então continuar compondo, e conversando, e rindo... para criar novas memórias com aqueles amigos com os quais eu iria até o fim do mundo, mesmo sabendo que a morte estaria nos esperando.
A lágrima desceu pelo lado esquerdo da minha face, e está prestes a cair no teclado...
Mesmo entristecendo-me com essas lembranças, elas ainda fazem parte dos meus pensamentos diários... Sei que aqueles dias não voltarão, mas tentarei ao máximo fazer com que dias semelhantes aconteçam.

02 maio, 2010

Velhas letras.

Olá, caros e raros leitores!

Se por qualquer razão constituir ofensa, perdoem minha ausência por aqui. Se é que a justifica, tal ausência tem-se dado pela falta, a mim, da presença simultânea dos elementos "tempo", "inspiração", "computador", "conexão", e, por que não, alguns outros.

E para estabelecer meu duvidoso retorno, vim postar aqui um de meus textos antigos, que encontrei, em meus backups, nesta fria madrugada que prenuncia um adorável inverno. Na próxima postagem, cuja data não sei precisar, eu escrevo, de fato, algo. Até lá, ou até a postagem de outro irmão-de-cafeína, fiquem com meu Poema Sem Título:


Como um projétil feroz

Tu me cortas e me atravessas

E pela pungente dor, sou tomado:

A dor de ter vida esvaída

De saber de mim tua distância

A dor de ter o espírito dilacerado...

Por uma verdade incontestável.

E o que farei, agora que nada mais sou?

Como te encontrarei?

Ver-te-ei, sim, de perto

Mas tocar-te não poderei...

O coro da agonia de meu espírito ecoa

No meio da noite infinita...

Mas chega a ti mudo, ínfimo

E não o ouves.

E assim, vagarei a eternidade

Esperando, deste mundo, a piedade

À qual suplico que me venha buscar

E me leve até outro lugar

Inexistente, sim,

Mas onde eu não precise te amar.