17 julho, 2010

À espera de uma viagem.

Três e pouco da manhã. Eu decido que vou passar a noite em claro, para a viagem do dia seguinte. No caso, esse dia. Quem nunca passou a noite acordado pra viajar no dia seguinte?
Bom, não foi por isso que eu resolvi escrever. Digo, não pela decisão de ficar a noite acordado, mas sim, pela viagem.
Já faz algum tempo desde a última vez que eu fiquei ansioso como estou agora. Muito tempo, aliás. Acho que pelo menos um ano. E a minha ansiedade é o que me impede de dormir, por isso resolvi escrever o texto.
Sim, já postei algumas palavras durante umas crises de insônia aqui, mas dessa vez é por ansiedade (não, não sei se as outras não foram também)
Se pudessem ver o meu quarto como está, veriam algumas malas jogadas, roupas e instrumentos musicais atirados na cama, trocentos dispositivos eletrônicos carregando (alguns mp3, alguns celulares...), e, é claro, um nerd escrevendo um texto.
Acabo de ouvir um barulho estralho lá de fora. Não sei precisar do que é, mas ou era um cão fazendo o barulho que faz quando sente dor (não me lembro da palavra), ou era uma mulher gritando(o que eu duvido) ou era um carro cantando pneu. Não, não estou escutando muito bem, já que estou com música ligada.
Mas, afinal, o que eu ainda estou fazendo aqui? Escrever pode, realmente, acalmar as minhas ânsias?
Duvido.
Mas continuo escrevendo.
Por que?
*Tomando um gole de Café*
Bom, porque eu gosto. Mesmo não sendo um bom escritor, eu aprecio o som das teclas sendo pressionadas, a imagem de uma letra aparecendo na tela, e um conjunto desses caracteres sendo chamado de "texto".
Claro, Duke Spoon escreve infinitamente melhor que Lord Coffee, mas e daí? Durante muito tempo eu filosofo sobre o que as pessoas fazem, e que o que importa é se divertir fazendo o que gosta, sem a preocupação de ser o melhor de todos. Se bem que, muitas vezes, ser o melhor é muito gratificante.
Meus pensamentos voam nessas horas, e as minhas palavras podem alcançar alguma mente desprevenida, que vai receber, como quem recebe um "quer que limpe o vidro, tio?" no semáforo (não, isso não acontece em Santa Maria, mas vai saber se tem algum fluminense ou paulista lendo esse texto...).
E entre os devaneios das três e dezessete da manhã, eu percebo que ... não, eu acabo de perceber que eu não percebi nada. Vou voltar ao que estava fazendo, que pode ser mais proveitoso pra mim, quem sabe.
Me despeço por enquanto. Chegando em Curitiba eu posso tentar escrever mais palavras.
Bom Café.

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