02 maio, 2010

Velhas letras.

Olá, caros e raros leitores!

Se por qualquer razão constituir ofensa, perdoem minha ausência por aqui. Se é que a justifica, tal ausência tem-se dado pela falta, a mim, da presença simultânea dos elementos "tempo", "inspiração", "computador", "conexão", e, por que não, alguns outros.

E para estabelecer meu duvidoso retorno, vim postar aqui um de meus textos antigos, que encontrei, em meus backups, nesta fria madrugada que prenuncia um adorável inverno. Na próxima postagem, cuja data não sei precisar, eu escrevo, de fato, algo. Até lá, ou até a postagem de outro irmão-de-cafeína, fiquem com meu Poema Sem Título:


Como um projétil feroz

Tu me cortas e me atravessas

E pela pungente dor, sou tomado:

A dor de ter vida esvaída

De saber de mim tua distância

A dor de ter o espírito dilacerado...

Por uma verdade incontestável.

E o que farei, agora que nada mais sou?

Como te encontrarei?

Ver-te-ei, sim, de perto

Mas tocar-te não poderei...

O coro da agonia de meu espírito ecoa

No meio da noite infinita...

Mas chega a ti mudo, ínfimo

E não o ouves.

E assim, vagarei a eternidade

Esperando, deste mundo, a piedade

À qual suplico que me venha buscar

E me leve até outro lugar

Inexistente, sim,

Mas onde eu não precise te amar.

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